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Dicas simples para se concentrar no dia do espetáculo e melhorar sua performance!

Atualizado: 29 de ago. de 2018


Depois de inúmeras horas de ensaio dentro do estúdio o palco pode parecer um lugar estranho fazendo com que o bailarino perca um pouco da referência -  espelhos agora são escuridão, a iluminação, o piso, o espaço tudo é bem diferente. 

 Mas calma!

 Existem algumas coisas que podem ajudar o bailarino que está prestes a entrar em cena a ter um bom desempenho também diante do público.

O palco precisa ser um lugar de confiança e prazer, é a melhor parte e não precisa ser a média baixa do rendimento dos ensaios. 


Cada qual no seu lugar:

 Se concentre no próprio trabalho e não se preocupe com as reações do público ou quem está ocupando a platéia. 

 Pensamentos como: Qual é o meu papel? O que preciso transmitir? Quais são as características do meu personagem? Onde e em que época se passa está história?

 Ou seja; estar realmente presente e absorver as características importantes para envolver o público compartilhando as emoções apropriadas para aquele trabalho.



Use a adrenalina a seu favor:

 Tente canalizar a energia do momento, mesmo que seja um sentimento não muito bom. Isso pode vir de um impulso a mais para saltar, mais força para se manter em uma mesma posição por muito tempo ou a resistência para manter o mesmo ritmo do início ao fim da coreografia. 

 Tudo depende de pensar que aquela sensação de nervosismo pode ser o que te manterá em alerta para colocar mais intenção nos movimentos e lembra-se das correções do diretor. Por isso alguns bailarinos  dizem que em cena dificilmente erram o que costumavam errar durante os ensaios. No fundo, sempre sabemos onde precisamos  focar um pouco mais principalmente após repetir tantas vezes umas mesma coreografia.


Descubra o seu ritual de preparação:

 O que te faz se sentir confiante, alegre ou relaxado? Grandes artistas são meticulosos com a sua preparação antes de entrar no palco. E sem dúvida uma boa rotina nos bastidores é importante para o desempenho no palco, pois tudo que antecede o seu momento em cena influenciará suas emoções e assim o andamento de todo o espetáculo.  

 Alguns se sentem mais confortáveis em cantos mais reservados. Já para outros isso poderia ser desastroso porque teriam pensamentos auto críticos demais. 

 Se organize! Tenha um cronograma para organizar suas coisas no camarim, se maquiar, se envolver com o lugar e com as pessoas que dividirão este momento com você, e principalmente reserve um tempo para se aquecer cuidadosamente. 

 Um bom aquecimento te deixará pronto para quando chegar a hora de dar o seu máximo. Respeite os seus limites e procure seguir as sequência de aquecimento aprendidas durante as aulas. 



Repasse mentalmente passos e coreografias: 

 Estudos têm mostrado que a visualização pode ter um efeito real sobre a forma como se comportam os músculos. Imaginando o seu desempenho ideal ajuda a incorporá-lo em sua memória muscular antes da execução. 

 Mas é importante que se visualize sempre obtendo êxito, não é hora de pensar nas falhas que comete habitualmente. Isso fará com que os movimentos sejam mais naturais e orgânicos criando “bons vícios”.


Atenção a linguagem corporal:

 A maneira como o público pode te perceber em um nível subliminar está totalmente ligada a sua postura. Por exemplo; ombros elevados ou a tensão no pescoço e braços pode denotar falta de confiança, e é preciso estabelecer uma ligação emocional para que o público seja envolvido. 

 É óbvio que coreograficamente falando as posturas obedecem a uma linguagem específica, escolha dramática e direcionamento. 



Encontre o caminho até o seu personagem:

 Uma conversa só é possível se você sabe o que quer dizer. O desempenho é sobre uma boa comunicação, e para conhecer bem o seu papel mergulhe  nas propostas do coreógrafo, questione o seu diretor e a você mesmo sobre como enxergam o personagem e o que se espera que chegue até o espectador. Envolva-se! E com base nas interpretações descubra os lugares onde pode colocar mais energia ou conectar-se com os outros artistas olhando nos olhos. Tudo contribuirá para trazer mais nuances e uma troca verdadeira a sua dança. 

Não aponte para a perfeição:

 Ter pensamentos positivos são diferentes de cobrar-se a assumir uma aposta muito alta com relação ao auto-desempenho. Todos os bailarinos tendem a colocar mais pressões sobre si, em qualquer companhia ou nível já se sabe que isso faz parte do meio. Mas existem formas de fazer isso de maneira mais saudável. 

 Uma abordagem em que são colocadas metas muito difíceis  pouco tempo antes de entrar em cena, podem ir aos poucos gerando o medo do palco e deixando bailarinos despreparados para se recuperar de momentos inevitáveis  de baixo rendimento. 

 O espetáculo não é o momento para querer melhorar o trabalho que não foi feito durante as aulas, não acredite que algo sairá melhor no palco do que o que foi treinado em estúdio. 

Busque a excelência dia após dia, plié por plié, e não a perfeição. A excelência é a busca pela perfeição sem a pressão terrorista. 


Você é humano: 

 Grandes bailarinos não são notáveis apenas por suas habilidades físicas que por vezes nos fazem pensar se são realmente humanos, mas por que eles trazem para o palco o prazer e a leveza como se estivessem praticando no estúdio, estão confortáveis em sua própria pele e isso traz confiança para avançarem cada vez mais tecnicamente e conseguirem demonstrar isso diante da platéia também. 

 O ballet é cheio de regras e dicas de “como fazer" mas a arte está além disso, um bailarino precisa de identidade e isso só se constrói com momentos que te fazem estar em contato com suas peculiaridades, momentos de lazer ou cercado por amigos são momentos que ajudam a construir a sua personalidade. 

 A arte permite se transformar através das experiências de vida do artista, por isso sua dança é única. Como dizem: “A dança não mente o que o seu coração sente”.




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