Alonga, sustenta, gira, dobra… É em cada vértebra que a dança ganha vida e se torna expressão. Mas é o cérebro que dança!
Muitas partes do nosso cérebro agem juntas para transformar os movimentos em uma forma de arte com toda fluidez, peculiaridades e mínimas regras que a dança exige. Ao assistir ou executar um movimento de dança, várias regiões do cérebro são ativadas e podem rapidamente calcular a orientação espacial, reajustar os sinais motores, e anexar respostas emocionais à coreografia.
O seu cérebro quer que você dance.
Nossos cérebros são os diretores da orquestra do movimento dos nossos corpos. Por isso a dança é usada para reabilitar pessoas que podem experimentar outras formas de auto-expressão. Para as que lutam para coordenar desde os movimentos mais básicos, a dança é uma experiência de libertação e de aprendizagem excelente. A doença degenerativa de Parkinson destrói os neurônios dos gânglios da base, causando tremores, rigidez e movimentos vacilantes, dificilmente as características de um dançarino.
Por que bailarinos ensaiam tanto? A dança é a arte da repetição.
Praticar os mesmos passos várias e várias vezes ajuda a diminuir o tempo de resposta do corpo para criar um movimento sem emenda no tempo com a música. É como dirigir, depois que você repete os movimentos incontáveis vezes, tudo se torna orgânico.
Idealmente, os bailarinos não estão pensando “cinco, seis, sete, oito, agora é a minha entrada”, eles apenas fazem.
Sim! Dançar vai te deixar mais inteligente.
Entende -se que inteligência é o quanto nossa resposta a uma determinada situação é “automática”. Por isso, se envolver em uma atividade que exige a rápida tomada de decisão, como é a dança, traz muitos benefícios.
Nosso cérebro ama a antecipação.
Dançar exige um nível elevado de antecipação e de coordenação. É impossível sincronizar a movimentação a uma batida sem se antecipar, quando som e movimento se tornam um, o prazer é ampliado, e bailarinos fazem isso todo o tempo.
Este prazer que sentimos ao dançar, deriva da mistura de antecipação e surpresa - você começa a ouvir uma música, encontra um padrão de repetição na mesma e, então passa a antecipar o padrão. É assim que funciona em uma coreografia, ou até em uma curta sequência de aula.
Este momento produz uma emoção em nosso cérebro, é o momento em que a antecipação e a realidade se encontram. Com o aprimoramento dos movimentos vem a confiança, e é isto que não permite o processo se tornar chato. Ao executar cada vez melhor o mesmo movimento, o bailarino cria “surpresas” para o cérebro. A combinação de antecipação - recompensa - surpresa é também a razão pela qual também gostamos de ver alguém dançando.
Dançar é meditativo.
Os benefícios da meditação para o cérebro e para o corpo estão bem documentados. Esvaziar a mente, desligar temporariamente todos os pensamentos focando apenas o momento presente é a receita para a redução do stress, melhorar a cognição, melhorar a memória, aumentar a criatividade e a capacidade mental.
Quando você dança, você está focado no momento presente, ou seja; em um estado alterado de consciência.
Para aqueles que têm dificuldade para meditar, a dança é uma ótima maneira de chegar lá sem tantos esforços conscientes.
A fonte da juventude.
Conforme envelhecemos, as células cerebrais morrem e as sinapses tornam-se mais fracas. Substantivos, como nomes de pessoas, são mais difíceis de lembrar porque só há um caminho neural que nos leva a esta informação armazenada. Se você trabalha para aprender coisas novas, como novas sequências de dança, você está construindo diferentes rotas mentais e muitos outros caminhos. Portanto, se um caminho é perdido como resultado da idade, você tem um caminho alternativo que pode usar para acessar informações e memórias armazenadas.
Se sentir feliz é bom para nossa saúde em geral e quem dança sabe muito bem disso, e não há nenhuma razão para não dançar com mais frequência.
Apenas encontre um estilo com o qual se idêntica, levante -se e vá dançar!
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